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Se não chover forte, nos próximos 20 dias, nas cabeceiras dos reservatórios, o Brasil será obrigado realizar o racionamento de energia e água. A desagradável previsão é de um conselheiro de administração de uma das maiores empresas do setor elétrico.
O risco concreto de racionamento, apagões e aumento de gastos com termoelétricas vão custar caro para o governo petralha, tornando ainda mais obscuro o plano reeleitoral de Dilma Rousseff. O aumento do custo energético vai afetar a inflação...
A economia forçada de energia, através de apagões programados nos grandes centros, é o mais novo ingrediente a impactar o fracassado modelo político e econômico. Além da falta de eletricidade (e, simultaneamente, de água), os marketeiros de Dilma temem os efeitos eleitorais negativos de outros fatores: o aumento descontrolado da violência nas regiões metropolitanas, a insurgência das massas por motivações radicais ideológicas explorando carências e defeitos cotidianos e uma crise econômica gerando maior custo de vida e descontentamento individual.
Dilma Rousseff e o afilhado de José Sarney (Edson Lobão), que comandam o setor elétrico desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder, em 2003, são os responsáveis diretos pelo caos. Dilma (que foi ministra das Minas e Energia antes de Lobão) são os operadores reais de um setor elétrico mal gerido, com altos custos de energia pela falta de investimentos corretos em geração e distribuição (gerando falta de energia e desperdício). É criminoso, dispendioso, além de ambientalmente condenável, o uso e abuso de termelétricas.
Já é concreta a expectativa de pouca chuva para abastecer reservatórios das hidrelétricas. Apenas nesta semana que termina, o famoso Operador Nacional do Sistema Elétrico constatou quatro quebras de recordes seguidas de demanda máxima instantânea de energia no sistema Sudeste/Centro/Oeste. O pico foi de 50.014 MW às 15h29 na quinta-feira.
Resultado assustador: o preço da energia de curto prazo bate recorde com o burro e inevitável acionamento das usinas térmicas, movidas ao velho, caro e poluente óleo diesel. O acionamento térmico indicado para a próxima semana é de 15.566 megawatts (MW) médios – segundo previsão do ONS. A Presidenta Dilma e sua equipe econômica só poderão jogar a culpa em São Pedro, pedindo ao Papa Francisco que ore e interceda por mais chuvas no Brasil...
Já há quem aposte na superação do recorde de R$ 822,83 reais por megawatt-hora (MWh), para próxima semana, no preço de energia de curto prazo, conhecido no mercado como Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). O custo médio marginal de operação do sistema elétrico passou de R$ 481 reais por MWh nesta semana para R$ 1.065 reais por MWh na próxima semana no Sudeste/Centro-Oeste e Sul. O valor também é absurdo no Norte e Nordeste: R$ 863,47 reais por MWh. Os números são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Os reservatórios na região Sudeste/Centro-Oeste estão fechando o mês em 40,57 por cento de armazenamento. Embora o nível seja superior ao do ano passado e dos anos de 2000 e 2001, os números estão bem abaixo da média histórica. Em dezembro, o nível das represas do Sudeste era de apenas 43,18 por cento. No Sul, 58,58 por cento. No Nordeste, 42,53 por cento e, no Norte, de 59,99 por cento.
O consumo de energia se mantém forte diante de altas temperaturas que elevam o uso de equipamentos de refrigeração, junto com o aumento da carga de consumo industrial. O ONS projeta aumento de 7,1 por cento na carga de energia no sistema elétrico nacional em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2013, chegando a 68.973 MW médios. A produção de energia fica comprometida com os reservatórios em baixa – o que também indica necessidade de racionamento de água...
O risco de racionamento de energia elétrica existe: O cenário para os próximos meses é de racionamento, apagão, instabilidade, radicalização e cada vez mais corrupção. A verdade dói! Não é a redução da compra de ativos financeiros pelo Federal Reserve (banco central privado) dos EUA que vai provocar uma forte saída de capitais dos países emergentes, obrigando-os a subir ainda mais os juros, como ocorre com Brasil, Turquia e Índia. A fuga de dólares ocorre pela crise de confiança nos mercados emergentes – que têm problemas estruturais e não mostram vontade política de mudar para melhor.
A má gestão das contas públicas, o alto déficit nominal do País, a cada vez mais alta carga tributária, a inflação gerada pela subida dos preços fora do controle oficial, o inesperado apagão energético e os efeitos psicossociais negativos, gerados por tantos problemas combinados, vão esmagar Dilma – mesmo que ela vença a eleição, pela via da ignorância e da fraude eleitoral.
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